terça-feira, 27 de abril de 2010

...que seja infinito enquanto dure!

O título desse post se refere ao final de um poema de Vinicius de Moraes, intitulado Soneto da Fidelidade. Eí-lo a seguir:

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Mas porque esse post sobre Vinicius? Simples. A USP está disponibilizando a obra completa desse autor para download gratuito. O arcevo digital está disponibilizado na Biblioteca Brasiliana USP, com acesso para todos. Eis o link da biblioteca: http://www.brasiliana.usp.br/. E o link da página sobre Vinicius: http://www.brasiliana.usp.br/node/455.

O poema acima citado faz parte do livro Poemas, sonetos e baladas, do ano de 1946.

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