domingo, 17 de outubro de 2010

Política e Religião

A nossa sociedade é envolvida por diversas religiões. O mundo inteiro possui crenças. O Estado já esteve atrelado as religiões, em partes da Europa e na América do Sul, o catolicismo, no Oriente, o islamismo, na América do Norte, o protestantismo, e assim por diante.

Com o advento da sociedade moderna a maioria dos Estados se tornaram laicos, as religiões passaram a ter uma parcela menor de contribuição, inclusive no Brasil, um país que teve quase 90% de católicos.

Uma nova corrente filosófica-religiosa se forma atualmente no Brasil, a classe dos evangélicos, mais parecido com fundamentalistas islâmicos. Essa classe é formada pelas igrejas: Universal do Reino de Deus, Renascer, Internacional da Graça de Deus entre outras. E o mais agravante, esse povo está entrando na política.

Quando política se junta com religião, a coisa fede, é igual água e óleo, não se misturam. A Igreja não pode mandar no Estado, a Igreja não pode proibir o que lemos, o que vemos, o que discutimos.

Dois casos absurdos que aconteceram este ano, em pleno século XXI:

1 - erotismo e sexualidade viraram temas vulgares. O governo do estado de São Paulo distribui, nas escolas estaduais, o livro paradidático - "Os cem melhores contos brasileiros do século", entre os autores, desde Machado de Assis, Clarisse Lispector, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, entre outros. Este último com o conto "Obscenidades para uma dona de casa". Um conto magnífico de estrutura ímpar, onde o autor abordo a sexualidade da maioria das mulheres donas-de-casas; os desejos, fantasias, o que todos os cidadãos guardam para si. Mas eis que o pai de uma das alunas de um colégio estadual criticou veemente, o fato da escola distribuir um livro com esse "sexo explícito" para as doces e pobres crianças do ensino médio. Há mais pornográfia na teve do que nesse conto que nem de longe é pornográfico.

2 - a proibição do aborto. no Brasil, o aborto é uma questão gravíssima de saúde pública. 31% das grávidas no Brasil praticam aborto. Até que ponto essa prática é aceitável? Onde começa a vida? Vários assuntos envolvem esse tema, mas que deveria haver uma descriminalização da prática, isso deveria. Agora que esse tema não deveria ter se tornado o assunto de debate eleitoral, está mais que evidente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário